A rádio mais moderna da região conta apenas com um jornalista graduado.

Claramente percebe-se que a Rádio Luz e Alegria almeja a modernidade e tecnologia. É perceptível sua competência e disposição para alcançar programas de qualidade que satisfaçam seus ouvintes.
Porém, é impossível não deixar de comentar sua alienação para a importância de funcionários formados na área da comunicação atuando no veículo.
A Rádio, que se diz a melhor do sul do país, que modernizou tanto sua estrutura, esqueceu-se de investir em profissionais ligados à área? Lamentavelmente isto é fato.
A Luz e Alegria, com seus 25 funcionários, conta apenas com um jornalista graduado, Augustinho Piovesan, que concluiu seu curso em 79.
Pergunto-me se a Rádio não deveria acompanhar sua infra-estrutura moderna incluindo em seu grupo profissionais habilitados na área da comunicação, como temos tantos espalhados por este Brasil afora.
Vivenciamos uma realidade em que o mercado de trabalho é altamente competitivo. Inúmeros jornalistas encontram sérias dificuldades de ingressar no ramo devido à desproporção entre profissionais formados e vagas de emprego disponibilizadas. Desta forma, acabam por atuar em áreas não ligadas à comunicação ou aceitando ter seus salários desvalorizados em função da concorrência oportunista.
Esta realidade é lastimável, porém encontra-se ainda mais indignação e revolta quando um meio de comunicação tão forte e influente para uma região não faz frente ao problema, e continua dando lugar para outras pessoas atuarem na área.
A maioria das profissões exige ensino superior completo, mas o jornalismo ainda encontra dificuldades no setor, como fica claramente expresso no caso da Rádio Luz e Alegria. Considera-se, assim, fundamental um combate contra essa prática. Quem estudou, se a aperfeiçoou e conquistou um diploma, deve ter prioridades. Só assim Jornalistas, Publicitários, e outros profissionais habilitados terão seu espaço no campo de trabalho respeitado

Publicado por: Thaís Schauenberg Garcia